CAMINHADA DAS ÁGUAS: MANIFESTANDO AS VOZES DA FÉ!


Caminhada em 2011
O calendário religioso do Assentamento Santana conta com a caminhada das águas no dia de São José dia 19 de abril . A Escola Florestan somam-se a Igreja Santa' Ana para realizar a vigésima quinta caminhada das águas, é uma manifestação religiosa que contagiam muitas de pessoas. Ela se caracterizam por ser um espaço privilegiado em que fé e vida se mesclam profundamente e onde o clamor do povo do campo se faz ouvir. Assim também trazer presente em denuncia as consequência da seca os graves problemas dentre eles a falta de água tanto para o consumo humano como para o consumo animal. Com as chuvas escassas há de mais de um ano os trabalhadores sofrem com a falta de água causando a morte do gado assim como também fome e cede entre população. Queremos evitar que os assentados/as fujam da seca em busca de melhores condições de vida e acesso a água nas grandes cidade. Nesta direção a caminhada das águas, o manifesto da fé e das vozes oprimidas pela seca em concomitância pelo sistema capitalista de produção que estrutura conjunturalmente a ordem societária, reprime esses flancos que os sujeitos de direitos vivenciam, apreendendo que a seca é um fenômeno natural e que as políticas públicas e os governos não podem atuar incisivamente, num contra ponto e claro posicionamento consideramos que seca não é fenômeno natural, mas um problema social e política, pois períodos escassos tiveram e continuam tendo, necessitando de políticas sociais públicas efetivas, assertivas e equânimes, que tenham reais impactos e materialização na realidade e dinâmica social. Assim reivindicamos a solidificação de políticas de conivência com o semiárido mormente no que concerne a água. Nesta vivencia os cristãos católicos tem buscado constituir esse momento relevante com nuances da fé, de um posicionamento político e social e de edificação de novas práticas e ações governamentais face as questões de efetivação do direito e usufruto a tecnologias de convivência com o semiárido. Sabe-se que o período experienciado, não é dos melhores no que tange a cultivação, produção e culturação agrícola, pois os povos campesinos necessitam sobretudo de água para beber, plantar, banhar as terras e produzir a sua subsistência a sua vida. Neste ínterim os campesinos sofrem a erosão brusca que a seca ocasiona com limitados recursos naturais e insuficiência hídrica de água potável e de qualidade.
Entra ano, sai ano, e nada vem,
meu sertão continua ao Deus dará...”

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